quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Wake Wood



Wake Wood - Despertar dos Mortos


Quando vi que o filme era produzido pela Hammer Films e ainda era irlandês achei que tinha tudo para dar certo, mas alguma coisa aconteceu no meio do caminho. Lançado em 2011 o filme tem a direção do novato David Keating e o roteiro do também novato Brendan McCarthy. No elenco temos basicamente Aidan Gillen (Petyr Baelish de Game of Thrones), Eva Birthistle (Waking the Dead, The Children), Ella Connolly (que salvou o filme) e Timothy Spall (mais conhecido como Wormtail de Harry Potter, mas que eu acho mais parecido com o Castrinho). Não sei quanto que foi gasto no filme, mas acredito que não deva ser muito, porque não temos muitos efeitos, nem muita locação, nem muito filme.

Na trama, temos a morte trágica de Alice (Ella) que foi atacada por um cachorro no dia do seu aniversário. Com esse trauma na vida o casal Patrick (Aidan) e Louise (Eva) vão para a pequena cidade de Wakewood tentar recomeçar suas vidas. Patrick é o veterinário e Louise a farmacêutica local. Depois de uns 09 meses morando ali, Louise tem uma crise de saudades da filha muito forte e quer ir embora de Wakewood e voltar para perto de onde a filha está enterrada. Patrick já não tem mais argumentos para dar a sua esposa e concorda com ela, mas ele ainda precisaria de mais um tempo para organizar as coisas. Louise impaciente e histeria pede para o marido levá-la até a estação rodoviária. No caminho o carro deles estraga no meio da estrada e sem saber o que fazer os dois vãos até a casa de Arthur (Castrinho) para pedir uma carona de volta para a casa deles. O fato é que enquanto Patrick fica na porta esperando o dono da casa aparecer, a mulher enxerida vai dar uma bizu pela propriedade e presencia um ritual sinistro, onde um jovem sai de dentro de alguma coisa que mais parece um casulo.

No outro dia, passa na frente da farmácia uma procissão com vários moradores com roupas pretas e com bastões de madeira na mão, batendo um no outro. No meio tem uma menina que fala para Louise que a voz de Alice é muito linda. Mas como é que uma dessas pessoas conheceu Alice, se pergunta Louise desesperada. Quando a coisa já está ficando mais chata do que de costume, Arthur aparece e faz uma proposta para o casal. Através de um ritual do mal, ele conseguiria trazer a filha do casal de volta por certo período, para que eles pudessem se despedir adequadamente da filha. Que cara gente boa, do nada e por nada oferecendo ajuda para essas pobres almas atormentadas pela morte da filha. Nada é de grátis na vida. Se o casal aceitasse a proposta eles ficariam para sempre em Wakewood e sempre pensariam em primeiro lugar no bem estar da comunidade. Com esse espírito hippie renovado o casal aceita a proposta.

No calculo que Arthur faz em um ábaco maligno, ele consegue trazer a menina de volta por 03 dias, mas ele precisaria de algumas coisas também. Primeiro que eles garantissem que a menina está morta a menos de um ano (e ele acreditouuuuuu), depois precisaria de uma parte do corpo da menina (podia ser um pouco de cabelo) e também de algo pessoal, tipo um pingente. Se tudo desse certo, durante os três dias Alice não poderia sair dos limites da cidade. OK, mas onde eles vão conseguir a pedaço do corpo de Alice? Temos que ir então para o cemitério onde Alice está enterrada, profanar o túmulo dela e cortar um pedaço do dedo para garantir. Sério esse pessoal tem problemas. Eu sei que não perdi um filho, mas acho que esse lance de profanar o tumulo foi um pouco demais.

De posse de tudo, o ritual é feito e tudo parece na sua mais perfeita normalidade. Só que alguns cidadãos acham que algo está errado, que tem alguma coisa evil com a menina. Mas o que pode acontecer de errado em três dias?

Na boa é que o filme não é ruim, mas também não é bom. O esquema de ter algo do mal depois que o pessoal faz uma ritual sinistro/macabro/profano é meio que clássico em filme de terror, logo tem 90 minutos que foram salvos pela atuação da menininha.


 Bom, vamos às notas:

Diversão
2
Tosquice
2
Trama / História
1


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