Wake Wood - Despertar dos Mortos
Quando vi que o filme era
produzido pela Hammer Films e ainda era irlandês achei que tinha tudo para dar
certo, mas alguma coisa aconteceu no meio do caminho. Lançado em 2011 o filme
tem a direção do novato David Keating e o roteiro do também novato Brendan
McCarthy. No elenco temos basicamente Aidan Gillen (Petyr Baelish de Game of
Thrones), Eva Birthistle (Waking the Dead, The Children), Ella Connolly (que
salvou o filme) e Timothy Spall (mais conhecido como Wormtail de Harry Potter,
mas que eu acho mais parecido com o Castrinho). Não sei quanto que foi gasto no
filme, mas acredito que não deva ser muito, porque não temos muitos efeitos,
nem muita locação, nem muito filme.
Na trama, temos a morte trágica
de Alice (Ella) que foi atacada por um cachorro no dia do seu aniversário. Com
esse trauma na vida o casal Patrick (Aidan) e Louise (Eva) vão para a pequena
cidade de Wakewood tentar recomeçar suas vidas. Patrick é o veterinário e
Louise a farmacêutica local. Depois de uns 09 meses morando ali, Louise tem uma
crise de saudades da filha muito forte e quer ir embora de Wakewood e voltar
para perto de onde a filha está enterrada. Patrick já não tem mais argumentos
para dar a sua esposa e concorda com ela, mas ele ainda precisaria de mais um
tempo para organizar as coisas. Louise impaciente e histeria pede para o marido
levá-la até a estação rodoviária. No caminho o carro deles estraga no meio da
estrada e sem saber o que fazer os dois vãos até a casa de Arthur (Castrinho)
para pedir uma carona de volta para a casa deles. O fato é que enquanto Patrick
fica na porta esperando o dono da casa aparecer, a mulher enxerida vai dar uma
bizu pela propriedade e presencia um ritual sinistro, onde um jovem sai de
dentro de alguma coisa que mais parece um casulo.
No outro dia, passa na frente da
farmácia uma procissão com vários moradores com roupas pretas e com bastões de
madeira na mão, batendo um no outro. No meio tem uma menina que fala para
Louise que a voz de Alice é muito linda. Mas como é que uma dessas pessoas
conheceu Alice, se pergunta Louise desesperada. Quando a coisa já está ficando
mais chata do que de costume, Arthur aparece e faz uma proposta para o casal.
Através de um ritual do mal, ele conseguiria trazer a filha do casal de volta
por certo período, para que eles pudessem se despedir adequadamente da filha.
Que cara gente boa, do nada e por nada oferecendo ajuda para essas pobres almas
atormentadas pela morte da filha. Nada é de grátis na vida. Se o casal
aceitasse a proposta eles ficariam para sempre em Wakewood e sempre pensariam
em primeiro lugar no bem estar da comunidade. Com esse espírito hippie renovado
o casal aceita a proposta.
No calculo que Arthur faz em um
ábaco maligno, ele consegue trazer a menina de volta por 03 dias, mas ele
precisaria de algumas coisas também. Primeiro que eles garantissem que a menina
está morta a menos de um ano (e ele acreditouuuuuu), depois precisaria de uma
parte do corpo da menina (podia ser um pouco de cabelo) e também de algo pessoal,
tipo um pingente. Se tudo desse certo, durante os três dias Alice não poderia
sair dos limites da cidade. OK, mas onde eles vão conseguir a pedaço do corpo
de Alice? Temos que ir então para o cemitério onde Alice está enterrada,
profanar o túmulo dela e cortar um pedaço do dedo para garantir. Sério esse
pessoal tem problemas. Eu sei que não perdi um filho, mas acho que esse lance
de profanar o tumulo foi um pouco demais.
De posse de tudo, o ritual é
feito e tudo parece na sua mais perfeita normalidade. Só que alguns cidadãos
acham que algo está errado, que tem alguma coisa evil com a menina. Mas o que
pode acontecer de errado em três dias?
Na boa é que o filme não é ruim,
mas também não é bom. O esquema de ter algo do mal depois que o pessoal faz uma
ritual sinistro/macabro/profano é meio que clássico em filme de terror, logo
tem 90 minutos que foram salvos pela atuação da menininha.
Bom, vamos às notas:
Diversão
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2
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Tosquice
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2
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Trama / História
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1
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