sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Subconscious Cruelty



Subconscious Cruelty


Queria agradecer a Rafael Marini Borgognoni por ter acessado o blog e preenchido o formulário de pedido de review e por ser o culpado de colocar uma pá de cal sobre a cova da minha pureza. O Pablo matou a pobre coitada da pureza com o seu pedido do Vadias do Sexo Sangrento e o Rafael lacrou ela a 7 palmos como Subconscious Cruelty. Lançado em 2000, a direção e o roteiro ficarem com o canadense Karin Hussain, sendo que esse é o seu primeiro trabalho no cinema. Não vou perder o tempo falando sobre os atores já que não tem ninguém conhecido e temos coisas muito melhor para falar. Temos um orçamento de menos de 100 mil dólares para fazer o filme, que foram gastos basicamente em sangue e gosma.

Quando alguém pega um bisturi e abre um talho sob o útero de uma mulher e coloca a mão lá dentro e tira um olho, sabemos que vai ser um filme muito cabeça, muito doentio ou muito do mal. Na real o filme é muito mais cabeça do qualquer outra coisa. Claro que ele também é meio doentio e do mal, mas isso são apenas detalhes. Esse início de filme mostra que o nosso cérebro é controlado por dois hemisférios. O direito manda nos pensamentos intuitivos, passionais e criativos, enquanto o lado esquerdo controla o os pensamentos lógicos e racionais. A proposta do diretor é que você destrua o seu lado esquerdo e perceba que as coisas que estão a sua volta. Temos três histórias básicas no filme.

Na primeira temos dois irmãos. Ela é prostituta e acaba engravidando de alguém que ela não faz idéia e temos o irmão dela, que a amava e idolatrava. Às vezes até mesmo de forma sexual, tipo o cara ficava socando uma vendo a irmã transar com outros caras. Mas com todo esse processo de gravidez meio que fez com que pegasse nojo dela e de todas as outras mulheres, o fazendo ter sonhos e visões perturbadas levando o cara a tomar ações extremas.

Na segunda parte começamos com alguns seguidores do Serguei. Estão todos pelados se roçando na grama, unindo-se com a natureza, boqueteando um graveto, esse tipo de coisas. Até o momento que entra o sangue e a gosma. Em certo momento me fez lembrar uma história de um amigo que queria um asterisco de merda na testa, não me perguntem como.

Na terceira e derradeira parte, temos um cara tomando o seu café, fumando o um cigarro e indo trabalhar com um metal de trilha. Chegando em casa, com uma trilha bem mais suave, ele bate uma assistindo um pornô. Até ai tudo bem, mas quando o cara vai dormir, meu rapaz chegou a doer em mim quando o tico dele é destroçado. Logo depois o meu amigo Gustavo B Rock ia ter um treco. O subconsciente do cara pega uma cruz que está pendurada no pescoço dele e diz que aquilo é um símbolo de medo, que ele não faz nada com aquilo, só serve para mostrar para as pessoas que ele é um cristão. Então o subconsciente coloca a cruz em um papel alumínio e com um isqueiro coloca fogo em baixo transformando a cruz em heroína e se injeta depois. Mazááááááááá´.

Nessa parte agora se você é um bom cristão não assista. Se bem que se tu é um bom cristão nem tinha começado a assistir essa loucura toda, então continue. O diretor mostra a sua idéia de sacramento. Quando o padre no meio da eucaristia coloca a hóstia na boca como simbolismo do corpo de cristo e do vinho como sangue, o diretor coloca corpo e sangue de cristo sendo carne e sangue de cristo, sacaram? Não... então assiste o filme. Certo que o diretor deve ter feito aquela famosa troca com os pais na infância, “se tu for à catequese até o final tu vai ganhar um bicicleta ou um Master System com Alex Kidd na memória e no final ganhou um bambolê.

A idéia do filme é te fazer enxergar e sentir o subconsciente de algumas pessoas que pode ser o cara que senta do seu lado no ônibus ou que está na sua frente na fila do supermercado, uma pessoa que pode ser “normal” na realidade em que vivemos, tipo 8mm do Nicolas Cage ou o próprio Serbain Movie. Subconscious Cruelty tenta te mostrar que a realidade está posta na sua frente, é só você que não quer ver. Ele tem um claro propósito, de chocar aquela pessoa que assiste Marley e Eu e se esvai em choro por causa do cachorro, chocar o cara que viu The Avengers e deu risada porque o Hulk deu uma bolacha no Thor. A idéia é chocar pessoas “normais”, mostrando que existe uma realidade muito mais clara do que um cara que um cachorro morrendo, isso é o ciclo da vida, mas o que acontece nas entrelinhas é o esquema.

Cada pessoa vai responder de uma forma diferente a cada parte do filme. Eu aposto que as pessoas que tem filhos vão achar pior o trecho da gravidez. Eu particularmente ao ver o pinto do cara ser dilacerado, não foi a melhor das visões, talvez Willy fique encolhido por alguns dias. O fato que se alguém diz que o filme é sem moral e não passa de cenas perdidas e perturbadas, não é por isso que ele é um idiota ou que não sejam cenas perturbadas, ele só prefere finais felizes. Acho até que esse cara deve ter assistido American Pie e se matou de rir com a piada do laxante com cocô. Bons 92 minutos de filmes, mas é um filme para ver tranqüilo, não com os seus avôs e com a sogra, se não tu vai ganhar uma passagem só de ida para o inferno.


Bom, vamos às notas:

Diversão
2
Tosquice
2
Trama / História
4


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