A Força dos Sentidos
Meu irmão Marcelo falou que o
filme tem esse nome porque tu tens que fazer muita força para ele fazer sentido
e até que ele está certo. O filme foi lançado em 1979 e teve a direção de Jean
Garrett, um Português naturalizado Brazuka que no inicio de sua carreira
começou fazendo fotonovelas e ajudando Mojica (Zé do Caixão) em seus filmes e
curtas-metragens e só isso já fala muito do cara. Jean dirigiu também algumas
pérolas da boca do lixo como Gozo Alucinante, O Fotógrafo, O Beijo da Mulher
Piranha e Fuk Fuk à Brasileira que com um nome desses não tem como ser ruim. No
roteiro juntamente com Jean, temos Mário de Vaz Filho que vai na mesma linha de
Jean e tem títulos impressionantes como Viciado em C... e Viciado em C... II,
Oh! Rebuceteio e daí para frente. No elenco temos Benjamin Cattan (Araponga, Os
Trapalhões na Terra dos Monstros), Francinette Costa (O Homem Proibido, Império
das Taras), Lia Farrel (Oh! Rebuceteio, Exercícios Eróticos), Emil Grigoletto
(A Reencarnação do Sexo, Orgias das Libertinas), Elizabeth Hartmann (Curral das
Mulheres, Dona Flor e Seus Dois Maridos), Ana Maria Kreisler (Prazeres Permitidos,
Sexo às Avessas), Paulo Ramos (Pecado Horizontal, Os Trapalhões na Serra
Pelada), Mii Saki (...E a Vaca Foi Para o Brajo, A Virgem e o Bem-Dotado),
Eddio Smanio (A Freira e a Tortura, No Tempo dos Trogloditas) e Aldine Muller a
grande Dona Flor da Escolinha do Professor Raimundo. Agora convenhamos, com
esses nomes de filmes que esse povo participou esse aqui não tem como ser ruim
né?
A história se passa em uma ilha e
no inicio temos um corpo de um homem pelado que está boiando no mar e uma
mulher corre para ver se o cara está vivo, o que aparentemente não está. Então
os moradores da ilha tiram o presunto da água e levam para o pescador local,
que vai colocar o morto na canoa e vai lançá-lo novamente ao mar. O que também
aparentemente não tem muita utilidade, porque o presunto volta na próxima
noite, pelo menos é o que nos conta o narrador.
Agora está na hora de conhecer
esse narrador, que se chama Flavio. Ele é um escritor que alugou uma casa em
uma ilha, onde mora meia dúzia de pessoas. Nesse lugar paradisíaco nosso herói
acha que vai se inspirar para escrever o seu próximo livro e mal sabe ele que é
exatamente o que vai acontecer. Os moradores da ilha são: Um tiozinho gordo em
uma cadeira de rodas e junto com ele uma japonesa que é sua enfermeira, um
casal onde o homem é parente dos fundadores do vilarejo, uma tiazinha que mora
com sua sobrinha, outra tiazinha que mora com o seu marido bebum e o pescador
local que tem uma moça que mora com ele e essa moça é que é o esquema.
O nome dela é Pérola e esse nome
foi dado porque o pescador local a achou no mar e como ele diz que uma pérola é
um presente do mar, ele batizou a moça com esse nome. Mas espera só um pouco, a
moça não tinha nome antes? Ai é que está o mistério... a moça é surda-muda e
acho que telepata, mas isso é uma opinião minha. O importante é que Flávio
desenvolveu uma tara pela telepata e esse é um dos motivos que faz com que ele
fique na ilha, tirando o fato de ter alugado a casa por dois meses.
Durante o dia todos são altamente
simpáticos e prestativos com o escritor e a primeira a mostrar a hospitalidade
local é a tiazinha que mora com o marido bebum. Na noite nosso herói passa na
casa da tiazinha para tomar um Natu e uma coisa leva a outra, logo que os dois
começam a fazer bobiça. Até ai tudo na maior normalidade e previsibilidade, até
que na manhã seguinte o escritor da uma letra para a tiazinha e ela se faz.
Então ele diz: vai me dizer que tu não se lembras do nosso encontro ontem?” e a
tiazinha na maior cara de pau diz que foi para a cama dormir com o marido.
Tudo bem então, porque isso deve
acontecer muito com escritores em ilhas paradisíacas, mas o problema é que na
próxima noite o fato acontece novamente, só que agora a vitima é a tiazinha que
mora com a sobrinha e é claro que no outro dia ela também não se lembra de
nada. O bom é que agora o escritor tem mais umas quatro mulheres para descobri
o que está acontecendo e resolver o mistério da falta de memória e de resolver
a sua obsessão pela telepata.
A melhor classificação que eu
posso dar para esse filme seria um pornô-thriller-espirita, porque o esquema é
uma viagem. Admito que em uma parte que o escritor acorda peladão em umas
pedras na beira da praia e com um guaipeca do lado, achei que até o pobre
cãozinho tinha passado na lista do escritor taradão, mas eu quero acreditar que
não. Outra coisa muito especial foi que a cópia que foi exibida, era um VHSRip
brabo que deu um charme extra para o filme. E depois de todos os 100 minutos de
pura loucura e putaria o filme acaba com uma citação do Lovecraft: "That
is not dead which can eternal lie, And with strange aeons even death may die"
e daí os meus butiás saíram rolando.
Infelizmente não existe trailer
de desse filme e possivelmente em pouco tempo não vai nem mais existir esse
filme, porque a cópia que passou foi emprestado pelo produtor Claudio Cunha e
quem pediu emprestado foi a pessoa que tinha emprestado para o próprio Claudio
o filme anteriormente, então podemos dizer que é um filme em extinção.
Bom, vamos às notas:
Diversão
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3
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Tosquice
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2
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Trama / História
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2
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