Dawn of the Dead – Despertar dos
Mortos
Estamos diante de um clássico
absoluto do cinema de terror. Esse filme foi lançado em 1978 e teve no roteiro
e na direção ninguém menos que George A. Romero. Muitas pessoas afirmam que ele
é o pai do Zumba moderno, aquele que é lento, burro e precisa apenas um bom
pedaço de carne viva para ser feliz. Romerão é responsável por vários filmes
“alguma-coisa of the Dead”, como Day, Land, Night, Survival, Diary of the Dead.
Inclusive esse último é uma cópia do grande Cannibal Holocaust, mas isso nós vamos
deixar para outro Review Maluco. Além desses filmes, Romerão também escreveu e
dirigiu clássicos como Season of the Witch, The Crazies, Knightriders, Monkey
Shines, entre outros. Ele até fez dupla com outros dois mestres do cinema de
Horror. Ele Trabalhou junto como Stephen “pai deles” King no Creepshow e com o
mestre Dario Argento no Due Occhi Diabolici (Dois Olhos Satânicos). No elenco
principal do filme temos David Emge (Hellmaster, Basket Case 2), Ken Foree
(Devil’s Rejects, From Beyond), Scott H. Reiniger (Knightriders, Dawn of the
Dead 2004), Gaylen Ross (Creepshow), David Crawford (Lady Beware, Sabbath),
David Early (Creepshow, Knightriders) e Richard France (The Crazies, Graveyard
Shift). No elenco também temos o próprio Romerão, fazendo o diretor de TV e um
dos Punks que atacam o shopping. Se vocês lembrarem tem um deles vestido de
Papai “velho batuta” Noel e esse é o Romerão. Outra figura carimbada que atuou
e fez os efeitos especiais do filme foi o mestre Tom Savini que já apareceu
aqui no Friday The 13th e no Blood, Boobs & Beast. O filme foi feito com o
valor estimado de 600 mil Obamas e conseguiu arrecadar 55 milhões de verdinhas.
Agora da para entender o porquê tem vários “alguma coisa” of the Dead?
Seguindo os eventos zumbizescos do
Night of the Living Dead, iniciamos o filme em um estúdio de televisão onde um
programa de entrevista está sendo transmitido. As duas pessoas ficam discutindo
e filosofando sobre os mortos estarem voltado a vida. Então um dos dois começa
a falar que se você for mordido vai se transformar em um deles, que a única
maneira de para-los é atirando no cérebro e que eles são movidos pelo simples
desejo de alimentação, sem emoções e sem escolhas, somente o alimento é
importante para as pessoas que voltaram à vida. Claro que hoje para nós isso é
um assunto batido, mas em 1978 não era. Durante o bate papo a coisa se torna
caótica, porque ninguém mais quer saber de transmitir e todos querem ir embora,
mas como sempre tem o pessoal que acredita no true jornalismo e a coisa vai
indo de qualquer jeito.
Agora surge um carinha de jaqueta
de couro e com um cabelo estiloso (Stehen) que me lembrou de Steve Rhoades, o
vizinho de Al Bundy do Married... with Children. Ele fala para uma das moças
(Gaylan) que estão no estúdio, para ela se aprontar que as nove horas estar no
terraço do prédio que ele vai fugir com ela de helicóptero. Logo depois uma
força tarefa da polícia que está em um cerco á um prédio, onde alguns
porto-riquenhos fizerem alguns reféns por algum motivo que realmente não é
importante para a intriga. O que temos que ter em mente é que o bala come solta
e em algum momento, uma das pessoas mortas volta à vida e o resto é história. No
meio da confusão, Roger (Scott) encontra Peter (Ken) e durante um crivo amigo
Roger conta que tem um amigo que tem um helicóptero e que eles vão dar no pé e
é claro que Peter não é louco e vai junto.
Fechamos o nosso grupo com dois
policiais, uma repórter e o piloto que os policiais resolveram dar o carinhoso
apelido de flyboy. Eles saem sobrevoando vários locais, mas efetivamente eles
não têm um plano formado e é claro que a gasolina está na unha. Eles resolvem
parar em uma estação de reabastecimento com a esperança de encontrar
combustível e mantimento. Eles até encontram, mas é obvio que existe um ônus
nisso tudo, ZUMBAAAASSSSSSS. Depois de matar e fugir, o desespero bate nos ombros
dos nossos heróis até que eles visualizam um oásis no meio da bagunça, um
Shopping Center.
Dentro do shopping existem alguns
mortos-vivos, mas nada com que eles possam se preocupar. Eles ainda dão o maior
pé quente, porque no backstages do shopping eles encontram um caminhão de
caixas com alimentos, medicamentos e provisões. Então agora é só cuidar dos
Zumbas que estão de bob’s por ali. O quarteto consegue uns caminhões para fazer
umas barricadas nas entradas principais e como dentro do shopping tem uma loja
de departamento, que seria uma mistura de Leroy Merlin com Wallmart (God Bless
America) e uma loja com armas e munições (God Bless America again) o resto está
garantido. Existe até um fliperama no lugar, eu podia morar lá também.
Se tudo está indo tão bem, o que
é que acaba acontecendo para abalar in
statu quo res erant ante bellum? Acontece a maior praga que os anos 70/80
já viram: OS PUNKS. Mas não os punks convencionais, são aqueles DUMAL que estão
nos filmes pós-apocalípticos ou de gangs ou nos clips do Micheal Jackson. Então
agora é lutar contra zumbis e punks e que vença o melhor.
A trilha sonora do filme
inicialmente foi composta por uns caras quaisquer que realmente não tem
importância. O que temos que saber é que era ruim. Como Dario Argento foi
consultor para assuntos aleatórios do filme, ele sugeriu que ao invés da trilha
que tinha sido feita, o melhor era chamar uma gurizada psicodélica para fazer
uma nova trilha. Foi assim que Goblins entrou na trilha sonora do Dawn of the
Dead. Durante a primeira semana do FANTASPOA
tivemos o privilégio de ter em alguns filmes a presença do fundador dos Goblins
Claudio Simonetti, que foi um dos homenageados do festival. Para quem não sabe,
Claudio é filho do grande maestro Enrico Simonetti, que tinha um programa na
extinta TV Excelsior chamado Simonetti Show. Como Dario Argento e Goblins já
tinham trabalhado juntos em Profondo Rosso (Prelúdio para Matar) e Suspíria a
indicação para o filme do Romerão foi muito bem colocada.
Existe uma polêmica sobre um suposto
final alternativo, que não vou falar aqui para não me acusarem de ficar dando
spoiler. O fato é que Tom Savini afirma que foi filmado esse final e que seria
muito dukaralho se fosse ele, mas parece que Romerão ficou cagado com a
repercussão que o famigerado final poderia causar e deixou um final focado na
esperança. Existe um documentário que mostra declarações do próprio Romerão falando
que existem as tais cenas, então eu não entendo porque que ele nega o assunto.
Uma coisa que eu realmente não me
lembrava, mas existe uma adaptação para videogame do filme. Quem achou que o
jogo era para PS One ou SNes se enganou feio. O pitoresco jogo foi lançado para
Atari e o bacana é que você tem que usar todo o seu poder imaginativo para
acreditar que você está atirando em zumbis. Na verdade não é um jogo original, ele
é um hack do jogo Worm War I, mas como o Atari era uma plataforma aberta e não
existia essa preocupação com pirataria, um fã modificou o jogo. Se você não
acredita vou colocar aqui o link se estiver
interessado em dar uma jogada.
Em 2004 o senhor Zack Snyder que
foi responsável por 300, Watchmen e Sucker Punch e está responsável pela
direção do novo filme do Homem de Aço, fez um remake de Dawn of the Dead, mas o
filme tem um clima bem diferente desse aqui. Os 127 minutos do filme clássico
são obrigatórios para qualquer pessoa que se diz fã de zumbis. Claro que tem
que levar em consideração a época, porque como não tinha muitos recursos de
efeitos especiais, os zumbis eram confundidos com Smurfs, porque todos eram
meio azuis, bons tempos...
Bom, vamos às notas:
Diversão
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3
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Tosquice
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2
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Trama / História
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3
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