Ruroni Kenshin: Meiji kenkaku
roman tan
Primeiramente um bom ano novo
para todos os amigos que acompanham o Review Maluco e desculpem-me por esses
dias sem publicações, pois sabe como é que é... festa, trago, praia, trago,
ressaca, trago e ai pela frente. Vou começar o ano de 2013 com um Review
especial, para mim pelo menos é. Um sucesso absoluto no Japão com mais de 1
milhão de espectadores nos cinemas da terra do sol nascente, estou falando da
adaptação da obra de Nobuhiro Watsuki, Ruroni Kenshin. Lançado em agosto de
2012 no Japão o filme ficou com a direção altamente competente de Keishi Ohtomo
que por incrível que pareça só trabalhou fazendo séries de TV. No roteiro além
de Keishi temos também Kiyomi Fujii que escreveu o L: Change the World, um
filme baseado em um personagem de um ótimo anime chamado Death Note. No elenco
temos Takeru Sato que além de duas séries de TV (Buraddi Mandei, Mei Chan no
Shitsuji) também protagonizou Kamen Rider Den-O. Temos Emi Takei (W no Higeki,
Liar Game), Yû Aoi (Honey and Clover, Tekkon Kinkurito), Teruyuki Kagawa (Guizi
lai Le, Dia Dokuta), Yosuke Eguchi (Goemon, Silk), Munetaka Aoki (Ichimei),
Koji Kikkawa (Kamen Rider W), Taketo Tanaka (13-sai no Harowaku) e Genki Sudo
(lutador de MMA). Eu não sei confirmar o orçamento do filme porque achei três
informações diferentes e acho melhor não arriscar, mas se ele arrecadou mesmo
61 milhões de dólares está à explicação de o porquê que WB comprou os direitos
de distribuição dele pelo mundo e parece que sim, ele vai ser exibido nos
cinemas brazukas.
No inicio do filme temos uma cena
de batalha durante o Bakumatsu, que foi os últimos anos do Shoganatu (ditadura
feudal) de Tokugawa algo tipo 1868. Na cena temos de um lado Hirura Battousai,
um assassino a comando de monarquistas que desejavam devolver o poder para as
mãos do Imperador e do outro lado Hajime Saitou o capitão da terceira divisão
da Shinsengumi que era uma espécie de policia a serviço do Xogum. Por onde
esses dois passam corpos caem, mas não de medo ou por causa do mau cheiro deles
é pelo simples motivo que eles matam quem cruza o caminho deles. Quando os dois
estão prestes a cruzar espadas, a tropa dos monarquistas chega e vence a
batalha, dando inicia a uma nova era no Japão conhecido como a Era Meiji.
Saitou diz para Himura que não existe lugar nessa nova era para eles, porque o
destino deles é morrer pela espada, o problema é que a filosofia da Era Meiji
era exatamente oposta a isso. Tudo era uma tentativa de preparar o Japão para o
mundo capitalista ocidental e a espada não teria mais vez, sendo trocada pelo
estudo e pela ciência.
Onze anos se passaram desde a última
vez que Himura foi visto, até que um belo dia aparece um andarilho na cidade de
Edo (atual Tokyo) que acaba se deparando com um cartaz dizendo que Battousai
esta matando pessoas e usando o estilo de espada Kamiya Kashin Ryuu, o problema
é que ele é Battousai e depois que começou a Era Meiji ele prometeu que não ia
matar mais ninguém, nunca mais. Outra coisa estranha é que Kenshin Himura usa o
estilo Hiten Mitsurugi e não Kamiya Kashin Ryuu e quando ele vira tem uma louca
com uma espada de madeira na cara dele acusando Kenshin de ser o tal Battousai.
Ta certo que ele é o verdadeiro Battousai o retalhador, mas não essa copia
fajuta. Depois de alguns golpes de espada o mal entendido é resolvido e a louca
se apresenta como Kaoru Kamiya, que é a líder do dojo onde é ensinado o estilo
Kamiya Kashin Ryuu e com o boato do retalhador os negocias vão indo muito mal.
Agora é o momento de apresentar
os vilões do filme. Um deles é Kanryu Takeda que não passa de um riquinho que
acha que pode comprar tudo e todos, só que por trás de tudo tem um plano
maligno. Ele é um “importador e exportador” de coisas, que na real é ópio e é
fabricado pela bela Megumi, que é a única pessoa que sabe o processo como um
todo, logo ela não pode morrer ou Kanryu vai ficar sem o produto. Ele quer usar
o ópio para deixar o Japão fragilizado e viciado e com o dinheiro da venda do
ópio para todo o mundo ele compra armas e assume o controle do Japão, simples
assim. O problema é que Megumi tem uma crise de consciência e deita o cabelo
para a delegacia. Então Kanryu manda Jin-E para buscá-la e esse é o nosso
segundo vilão, porque ele é que está se passando por Battousai o retalhador.
Jin-E vai então para a delegacia e o cara não brinca em serviço, porque mesmo
não sendo o verdadeiro Battousai o retalhador, ele é um retalhador e dos mais
malvados. Para piorar a vida dos pobres guardinhas, Jin-E tem uma técnica
chamada Shin no Ippou ("Espírito Unilateral"), que basicamente é uma
rejada de KI (uma energia maluca oriental) fazendo com que o seu inimigo fique paralisado
e para o azar de Jin-E a Megumi consegue fugir da delegacia.
Quando ele está perseguindo a
fujona, a jovem Kaoru o enxerga e deduz que ele é o tal Battousai e chama o
cara para uma luta. Jin-E acha tudo muito engraçado e vai até a frente de Kaoru
e senta a bolacha nela só que para o azar de Jin-E no momento em que ele vai
matar a brava guerreira, Kenshin aparece e impede os planos do malvadão. A
jovem não ficou muito contente com a intromissão do andarilho, mas agradeceu
mesmo assim e leva-o para o Dojo, que por uma incrível coincidência do destino
no próximo dia é atacado por capangas do Kanryu. Então nada mais justo do que
Kenshin retribuir o quarto e a comida oferecida por Kaoru, dando uma surra nos
maloqueiros e a luta é muito bala. Uma coisa importante é que Kenshin carrega
uma espada mesmo isso sendo contra a lei, só que não é uma katana comum ela se
chama Sakabatou. Ela tem a lâmina na parte de trás da espada e não na frente
como deve ser, por isso o pessoal não da bola e deixam o nosso herói usar a
espada na rua. Só que o esquema é que como a espada tem o fio invertido,
Kenshin pode sentar a porrada nos maloqueiros que eles não vão morrer, só vão
ficar com uns 42 ossos quebrados.
A polícia chega e acaba com a
brincadeira e ainda leva Kenshin preso. Na prisão está outro dos nossos heróis,
Sanosuke Sagara. Ele é um brigão sem modos que só quer trocar uns socos e filar
uma comida de grátis. Kenshin fica preso por um curto período, porque Hajime
Saitou aparece. Ele agora trabalha para a polícia e leva Kenshim para ver o
senhor Yamagata, que é um velho conhecido de Kenshin. Ele é encarregado de
encontrar as pessoas para sujar as mãos pelo governo e é claro que ele quer a
força do lendário Battousai do lado dele. Yamagata conta que existe alguém que
está fabricando e traficando ópio e que essa pessoa é possivelmente Kanryu e
que o melhor negócio a se fazer é apagar o cara, mas como Kenshin fez a
promessa de não matar mais ninguém, ele recusa a proposta. Enquanto nosso herói
estava preso o jovem Yahiko que um órfão que Kaoru treina, encontrou Megumi
ferida e assustada na rua e levou-a para o Dojo. Como todos têm os seus
segredos, logo ninguém conta nada para ninguém e todos eles resolvem que é mais
bacana ir jantar.
Durante o jantar Kanryu aparece e
oferece uma grana preta para Kenshin ser o seu mais novo guarda costa, mas o
nosso herói não se abala com as provocações do riquinho e recusa a oferta, só
que aparece Sanozuke e diz que se ele ganhar do Kenshin em uma luta a grana vai
para ele. Com todos meio que de acordo com a coisa o povo vai para fora e da
inicio a uma ótima luta, acabando depois em um “empate técnico”. Kanryu não
gosta muito do final da coisa, mas não pode fazer muita coisa então ele cai
fora. Agora com todo o grupo reunido é só alegria só que não é bem isso que
acontece. Megumi vai ao encontro de Kanryu para matá-lo, mas acaba sendo
capturada e Kenshin e Sanozuke têm que ir até a mansão do chefão para resolver
as coisas. Daí para frente à coisa fica muito boa e não vou estragar o clímax do
filme.
Agora quando Sanozuke está
lutando e no meio da coisa ele pede para parar o esquema todo eu achei meio estranho,
mas ai ele fala que está com fome e come uns pedaços de um frango que está de
bobeira sobre a mesa e depois toma uns goles de sake para acompanhar eu dei
muita risada. Outros dois momentos que quando eu vi fiquei todo arrepiado é
quando Hajime Saitou usa a técnica do Gatotsu (perfuração da presa) e quando
Kenshin usa o Battoujutsu que consiste em um golpe rápido de desembainhar a
espada.
O personagem de Kenshin Rimura
foi inspirado em uma figura histórica chamada Gensai
Kawakami, um assassino verdadeiro considerado um dos quatro
principais retalhadores do Bakumatsu. Kawakami, mestre no estilo de Kenjutsu Shiranui
Ryuu (Fogo Fátuo) era descrito como um cara magrelo, baixinho e gentil ao ponto
de ser confundido com uma mulher, o que era o seu maior trunfo para passar despercebido
pelos lugares e foi executado pelo governo Meiji
em 1871. Hajime Saitou também teve a sua criação em cima de uma pessoa
histórica que foi capitão da terceira divisão do Shinsengumi.
A única dica que eu posso dar
agora para os amigos é de que vocês procurem a assistam aos 134 minutos de
filme, porque será uma experiência fora do comum. A estética do filme é muito
boa e têm cenários incrivelmente lindos, uma coisa bem diferente dos filmes
ocidentais e os atores ficaram muito parecidos com o desenho original. Quem
quiser também pode assistir o anime ou ler os mangas que são ótimos também, o
problema é que são longos e pode ser que você não tenha saco para ver ou ler
tudo, mas eu recomendo.
Bom, vamos às notas:
Diversão
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5
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Tosquice
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1
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Trama / História
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4
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