quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

リング



リング – Ringu – O Chamado

Uma breve explicação sobre o review. Meu grande amigo Tiago pediu um review pelo blog de um filme chamado Rasen - The Spiral e tem uma boa explicação para eu não ter feito ele e sim ter feito o Ringu. Na real esse The Spiral é uma continuação direta do Ringu e como tem o Ringu 2 que não é o The Spiral eu achei melhor fazer um review dos quatro filmes para não dar confusão e sim são quatro filmes, mesmo eu só tendo falado de três por enquanto, eu não estou louco... ainda. Detalhe que todos os quatro filmes são japoneses, falo porque tem um filme coreano que é um remake do The Spiral ou do Ringu que não é bem um remake, porque tem coisas do primeiro e do segundo filme que é o terceiro na realidade e eu já me perdi todo.

Lançado em 1998 esse clássico do terror japonês foi inspirado na obra de um dos caras mais perturbados que existe. Estou falando do escritor Koji Suzuki que além de ter escrito todos os Ring ele também escreveu Dark Water, Dream Cruise, Coffin in the Sky e outras coisas DU MAL. Koji também escreveu uma séria para TV baseada no seu romance Ringu e até que é bem bacana, mas falaremos dela em outro momento. Na direção do filme ficamos com Hideo Nakata que além de coordenar os dois filmes da série também dirigiu O Chamado 2  americano, o Dark Water e mais uns filmes malignos. O interessante é que ele também dirigiu uma adaptação para o cinema de um anime muito bom chamado Death Note, mas o filme em questão é o terceiro filme da série L: Change the World que é muito foda. Em parceria com essa dupla teve Horoshi Takahashi que fez os roteiros de praticamente dos os filmes que Hideo dirigiu. No Elenco do Ringu temos Nanako Matsushima, Hiroyuki Sanada, Yōichi Asakawa, Miki Nakatani, Yūko Takeuchi, Hitomi Satō, Yōichi Numata, Yutaka Matsushige, Rie Inō. O filme teve um orçamento de 1.2 milhões de verdinhas e por mais incrível que pareça, ele arrecadou só no Japão 13 milhões de Obamas e convenhamos que isso deve valer algumas coisa. Pelo menos valeu outros três filmes, mais dois ou três remakes e duas séries de TV.


No inicio da história temos duas adolescentes que estão conversando sobre um boato que está se espalhando. Trata-se de uma fita de VHS e depois que a pessoa assiste, o telefone toca e uma voz sinistra avisa que você vai morrer em sete dias. O fato é que é só uma lenda urbana e não tem porque alguém se preocupar com isso certo? Errado, uma das adolescentes passou um final de semana com o namorado e com outro casal em uma pousada e ao invés de ficarem trepando enlouquecidamente, eles resolveram assistir uma fita que apareceu do nada e que não tinha nenhuma referência sobre o seu conteúdo. Casualmente quando as adolescentes estão conversando fazia sete dias que uma delas viu a suposta fita amaldiçoada e o telefone toca. Baixa aquele clima de “deu merda” e a outra adolescente vai e atende a ligação, mas não era maldição, era só a mãe da moça que assistiu à fita, se bem que para alguns adolescentes isso pode ser uma maldição... essa juventude está perdida. Problema resolvido e vamos seguir em frente. Errado, durante a ligação a televisão liga sozinha e alguma coisa vai na direção da menina (é que está em primeira pessoa a câmera, para manter o suspense) e um efeito de imagem negativa aparece e era isso, morta.


Temos uma repórter chamada Reiko que tem um filho chamado Yôichi que costuma brincar coma moça que morreu. Os dois estão se arrumando para ir até o velório da moça e durante a cerimônia Reiko escuta sobre a tal fita amaldiçoada e que parece que a moça assistiu. Uns colegas da morta avisam que o namorado dela morreu e que o outro casal também morreu, todos no mesmo dia e na mesma hora e na boa isso não pode ser coincidência. Então o lado repórter curiosa de Reiko fala mais alto e ela resolve descobrir o que está acontecendo. Quando ela está indo embora Yôichi está sumido faz um tempo então ela sai procurando o moleque que está no quarto da adolescente. Lá Reiko acha a sua primeira pista: um recibo para retirada de fotos em uma loja de revelação qualquer. No dia seguinte ela retira as fotos e descobre o lugar onde os quatro mortos passaram o final de semana e uma coisa muito curiosa. As fotos estão todas bem batidas, só que as fotos que foram tiradas supostamente depois que eles viram a fita estão todas deformadas. SINISTRO.


Reiko resolve ir até a pousada e alugar a mesma cabana que os quatro alugaram e ela não encontra nada de estranho. Já que está tudo bem, vamos embora então, certo? Errado, vamos falar com o proprietário da pousada que quatro adolescentes morreram no mesmo dia e uma semana depois de ter se hospedado ali. Enquanto essa agradável conversa dura Reiko nota que tem uma estante com vários filmes e que um deles está numa caixa diferente de todos os outros. Ele pede para o dono a fita e vai para a cabana. Ao invés de ir embora e analisar a fita, Reiko faz o que qualquer personagem de filme de terror faria, assiste a fita. É uma filmagem estranha e perturbada (bem diferente do filme americano), mas curta. Logo após a experiência o telefone toca e quando Reiko atende uma voz das profundezas afirma que ela morrerá em sete dias, pelo menos é o que eu deduzi já que não da para ouvir nada. Apavorada a jornalista vai pedir ajuda para o seu ex-marido Ryuji, que é entendido em gravações e ainda é uma pessoa com poderes paranormais, mas nada de mais ele é só bastante sensitivo e consegue ver coisas do passado.


Para tranquilazar Reiko, Ryuji assiste à fita também, só que o telefone não toca. Parece que foi um erro de edição do filme porque no conto o telefone toca e foi gravada a cena, mas ninguém sabe o porquê que essa parte sumiu do filme. O fato é que Ryuji acredita na sua ex-esposa e resolve ajudá-la para não deixar o filho deles sozinho. Ryuji pede para Reiko fazer uma cópia da fita porque ele quer analisá-la com mais cuidado. Feito isso os dois descobrem na fita coisas como a palavra erupção, uma palavra que começa com “Sada” e que o dialeto que foi utilizado na fita é de uma ilha chamada Izu Oshima. De posse dessas novas pistas Reiko faz uma pesquisa e descobre que uma mulher com o nome de Shizuko Yamamura impediu que todas as pessoas da vila morressem por ela ter previsto que o vulcão iria entrar em erupção. Depois disso um médico aparece e quer provar ao mundo que a paranormalidade existe. Shizuko foi inspirada em Mifune Chizuko que era uma “famosa” médium no Japão que depois de uma apresentação de seus poderes foi acusada de charlatanismo para baixo e acabou cometendo suicídio aos seus 25 anos de idade em 1911.


Com o tempo acabando Reiko tem que deixar o seu filho com os seus pais para poder ir até a ilha e continuar com a investigação, só que durante a noite um acidente acontece. Ao invés de Reiko deixar a fita guardada, ela resolveu levar junto na sua bolsa e o seu filho enxerido descobre a fita e assiste. Agora o que era para ser uma corrida para a sua própria sobrevivência passa a ser a sobrevivência do seu filho e é claro que o Reiko e Ryuji vão fazer de tudo para salvar a criança. Na ilha o casal descobre que Shizuko teve uma filha chamada Sadako e que ela é a responsável pela criação da fita amaldiçoada e tudo mais. Agora resta saber o que fazer com todas as informações.


O filme é bacana só que eu lembrava que ele ser melhor, eu acho que o tempo não fez bem para ele. O problema é o filme só engrena nos últimos 20 minutos, deixando os 96 minutos muito parados. O bacana é que diferente do americano, quando tu está vendo o filme tu assiste o filme amaldiçoada na integra, já o americano no meio dele tem um corte para mostrar o rosto a atriz. Sei que isso não quer dizer muita coisa, mas acho que o fator psicológico nessa hora conta um pouco. Como o filme americano é muito mais visual acho que deixou o seu pai japonês chato, porque ele não tem todo o apelo visual. Só que eu admito que quando a Sadako sai da TV cara não tem explicação o quanto é DU MAL isso. Caso queira assistir o vídeo amaldiçoado o link está aqui.


Bom, vamos às notas:

Diversão
3
Tosquice
2
Trama / História
4

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