terça-feira, 30 de julho de 2013

Twixt

Twixt

Interrompemos a sequência de filmes do FANTASPOA para um pedido de review que chegou pelo formulário do blog. Primeiramente quero pedir desculpa pela não postagem de reviews na semana passada. Eu estava enfermo e sem nenhuma condição de postar alguma coisa. Segundo pedido de desculpa foi para quem pediu esse review. Eu perdi o email com o nome da pessoa que pediu e sim isso é muito feio. Então seja quem for aqui está o sei pedido. Eu realmente queria saber o que foi que Francis Ford Coppola tomou ou fumou para fazer esse filme, porque francamente que doideira. Lançado em 2011 o filme tem a assinatura de um dos grandões de Hollywood como falei antes. O cara foi responsável por nada menos que The Godfather e só por isso ele não precisava fazer mais nada, mas Coppola ainda tem Apocalypse Now e Drácula no currículo entre outras coisinhas. Eu sei que o filme é do Coppola, mas a impressão que eu tive é que o protagonista do filme Val Kilmer está trabalhando por um prato de comida. É claro que o cara já foi até o BATIMEN, mas isso não é mérito. Por outro lado mais uma grande surpresa dessa jovem atriz que tem uma irmã maravilhosa, diga-se de passagem, estou falando de Elle Fanning, à irmã mais nova da Dakota Fenning. Ela me surpreendeu quando fez o Super 8 do J.J. Abrams e me surpreendeu novamente no Twixt, se bem que aqui bem menos do que no Super 8. De resto temos Bruce Dern (The Hole, The Haunting), Bem Chaplin (Murder by Numbers, Lost Souls), Joanne Whalley (Willow), David Paymer (Drag me to Hell) e mais uns perdidos. O orçamento do filme girou em torno de 07 milhões de Obamas e no site do boxofficermojo diz que o filme arrecadou menos de 400 mil verdinhas, mas esse prejuízo todo deve ser troco para o nosso amigo Coppola, ainda mais que ele utiliza a sua própria fazenda para filmar grande parte do filme e também utiliza a sua biblioteca e a sua adega para algumas cenas.


No enredo temos Hall Baltimore (Val Kilmer) que é um escritor de terror especializado em bruxaria, porque parece que a mulher dele é uma bruxa e isso faz dele um perito no assunto. O fato é que as vendas de livros não vão muito bem e isso obriga Hall e sair por vilarejos do interior da América em busca de novos leitores. Como os negócios estão realmente feios, a mulher/bruxa de Hall ameaça-o de que se ele não conseguir uma grana adiantada com o seu empresário, ela vai vender a cópia rara e manuscrita de Leaves of Grass (Folhas de Relva) de Walt Whitman que para ela vale uns 160 mil dólares, mas para Hall não tem preço.


Casualmente mais cedo do dia em questão, Hall estava tentando vender os seus livros em uma cidadezinha que eu não lembro o nome e o xerife local foi comprar um livro. O xerife era muito fã de Hall e então fez uma proposta para o escritor. O xerife Bobby tinha uma idéia para um livro de terror e queria saber se Hall não o ajudava ou escrevia a história, mas é claro que Hall na hora negou a oferta cordialmente. Como a situação apertou de vez agora, então Hall procura o xerife e pede para que ele conte mais sobre a sua história de terror. Bobby a chama de “The Vampire Executions”, porque tem uma moça no necrotério da cidade (que fica dentro de um contêiner) com uma estaca cravada no peito e quando Hall pergunta para Bobby o porquê ele não tira a estaca, o bom velinho responde: “é para garantir que ela não volte”. Parece que a moça faz parte de um grupo de vampiros que mora do outro lado do lago e o líder desse grupo se chama Flamingo.


De posse de todas essas informações, Hall passa na lancheria e enche a térmica de café para ter uma boa noite de inspiração. Ele acaba descobrindo que em 1800 e guaraná de rolha, Edgar Allan Poe se hospedou nessa cidade em um hotel chamado Chicken Hotel ou algo do gênero. Antes de passar a noite escrevendo, Hall passa no hotel para dar um oi para a presença espiritual do grande Edgar Allan Poe. O hotel está fechado e há muito tempo, então Hall volta para o seu hotel e começa a escrever. O problema é que a inspiração não vem então Hall faz o que qualquer bom escritor faz: enche a cara de trago e espera a inspiração bater fundo. Só que antes da inspiração, o que bateu fundo mesmo foi o sono e ai começa a doideira.


Hall conhece nos sonhos uma menina que pede ajuda, porque ela está perdida ou morta ou desaparecida ou sei lá o que. Então durante uma caminhada ao luar os dois percebem que estão no Chicken Hotel e curiosamente ele está aberto agora. Tem uma tiazinha que serve a mesa e tem o tiozinho que arruma os relógios da cidade, menos os da torre da igreja, que são sete relógios grandes que ficam no alto da torre e que de qualquer lugar da cidade tu pode ver as horas. O único problema é que cada relógio marca uma hora diferente. O importante é que a mulher conta que nesse mesmo hotel aconteceu um assassinato em série, de várias crianças. Então Hall sai e quando ele segue o caminho de volta ele se perde de verdade, então aparece Edgar Allan Poe (e o pior é que Bem Chaplin está igual) que mostra o caminho de volta e diz que a história que ele tem em mãos é muito boa.


Hall acorda e percebe que realmente tem uma boa história: Vampiros, Assassinatos em série, um relógio que não marca a hora certa, um hotel amaldiçoado, fantasmas, crianças mortas, um padre sinistro, Edgar Allan Poe e mais uma porrada de coisa. Só que Hall passa o dia e não consegue escrever uma linha sequer, então ele tem a brilhante idéia. Tomar uma quantidade pornográfica de remédios para dormir e esperar que a história se conte sozinha no seu sonho e tem coisa.


O bacana é que no sonho o filme fica com um estilo tipo Sin City, tudo meio cinza e realçando o vermelho. O filme não é bom, mas por ser muita chapadeira acaba tornando-o divertido e curioso. O maior problema é que tu já sabe o que vai acontecer no final, isso no meio do filme mais ou menos, deixando meio banal. Eu li em um site que os 88 minutos de filme foram inspirados em um sonho que o próprio Coppola teve e isso deve explicar muita coisa da infância dele... Agora o diálogo que Hall tem com Poe sobre a essência da escrita passando por uma explicação escatológica sobre a morte e sobre The Raven é impagável. Eu diria que o filme vale por esse diálogo.

Bom, vamos às notas:

Diversão
3
Tosquice
2
Trama / História
3


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