quarta-feira, 12 de setembro de 2012

4D Man


4D Man – Quarta Dimensão


Filmado em 1959 essa obra tem tudo o que os anos 50 produziram de melhor. Dirigido por Irvin S. Yeaworth que também é responsável pelo A Bolha Assassina (The Blob) e estrelado pela minha segunda mulher-gato preferida a linda Lee Meriwether, 4D tem aquele ar de ciência pseudo-séria que o Star Trek mostra no final dos anos 60, mas que na real meio complicado de engolir.

A trama é que o cientista Tony Nelson descobre que se usar um campo de energia para amplificar as ondas cerebrais, é possível canalizar a energia de 10 anos em apenas 01 segundo criando a quarta dimensão, podendo fazer qualquer objeto atravessar qualquer objeto, quebrando a lei física que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Tentando realizar o experimento o zebu acaba colocando fogo no prédio onde trabalha e é demitido. Tinha que ser é preso isso sim, mas para o filme não acabar com 15 minutos ele vai embora para a casa do irmão. Scott Nelson, o irmão, trabalha em uma empresa que desenvolve coisas para os militares e casualmente acaba de inventar um material que se diz o impenetrável. O “jovem” Tony não concorda, porque seu experimento pode atravessar qualquer coisa. A maravilhosa mulher-gato é auxiliar de Scott no laboratório e mal sabe que ele vai pedi-la em casamento. O problema que ela não gosta do tio Scott, mas sim por Tony e com todo o seu charme ele conquista a linda mulher-gato pelas costas do irmão. Seu Scott, puto da vida, vai brincar com a experiência do irmão e o que acontece? O esquema dá errado e o Seu Scott acaba ficando 4D, que no bom português significa que ele pode atravessar qualquer coisa. Até ai tudo bem, mas ele está usando muita energia e está envelhecendo, logo ele descobre sem querer que se ele sugar a energia das pessoas ele fica mais novo e pessoal morre velha.

Ai vem uma cena muito anos 50. Scott vai buscar a mulher-gato, já que ele viu primeiro, nada mais justo. Ele atravessa a porta e chega bem pertinho da cama da linda Lee que está dormindo, mas acorda assustada com o tio da sukita do lado da cama. Um diálogo sem importância nenhuma acontece e Lee sai correndo de camisola escada abaixo e quando ela chega à porta frontal da casa e abre para fugir, o Scott está ali parado e é claro que a linda mulher-gato desmaia na melhor atuação que os anos 50 podem oferecer.
Desolado e renegado pelo seu grande amor, o tio da sukita vai fazer o qualquer homem faria em seu lugar, ir a um buteco encher a cara de whisky. Aparece no bar uma prostituta se oferecendo para o senhor Scott, que está com o coração partido e se deixa levar pala rede de sedução da menina, que pede para o barman, champanhe e conhaque. (de respeito) A coisa vai indo até a policia se meter e tentar prender o homem que atravessa tudo. Cara deprimente, mas ai o irmão mais novo se mete para tentar ajudar e dá o melhor plano de todos. Forçar que o irmão fique normal por alguns instantes e ai chumbo nele.

Tem um pedaço do filme que me preocupou e me fez entender algumas campanhas americanas dos anos 70 de não fale com estranhos. Scott acorda no meio dos arbustos com um jornal na cara e com pipoca no cabelo e uma menininha de uns 10 anos está passando com o seu carrinho de boneca. Ela com toda a sua inocência olha para o “mendigo” e diz: o senhor está bem? O mendigo responde: vá para casa Marjorie. A menina surpresa por o mendigo saber o seu nome e ela diz: o senhor me conhece? É claro que ela não reconheceu o senhor Scott por causa da velhice precoce e pelas pipocas no cabelo. Ele manda ela novamente para casa e o que ela diz? “O senhor não quer brincar comigo” É daí que vê os tarados. Menininhas convidando mendigos para brincar? Francamente anos 50, tu caiu no meu conceito.

O filme podia ter ido melhor, se o pessoal da banda que fez a trilha sonora tivesse divido com todos o LSD, mas eles eram muito egoístas e ficaram com tudo para eles, fazendo de trilha um Jazz psicodélico que me lembrou um episódio do Tom e Jerry, no qual o gato Tom quer dormir só o safado do rato está com os amigos tocando um Jazz alucinado em um pub no porão do prédio.

Só quero explicar uma coisa, quando eu falo que o cara atravessou as coisas, vocês têm que ter na cabeça os anos 50, significa que os efeitos do Chapolin do episódio do Verniz Invisibilizador são melhores do que qualquer efeito do filme. E quando o filme acaba com um “The End ?” ai tu viu que no final deve ter sobrado um pouco de LSD perdido pelo set de filmagem.


 Bom, vamos às notas:
Diversão
2
Tosquice
3
Trama / História
2

Nenhum comentário:

Postar um comentário