Rubber

Rubber

Depois um breve silêncio do blog, eu queria pedir desculpa para todos os leitores e entusiastas do blog e principalmente aos meus fãs, porque eu sei que tenho alguns espalhados por ai. DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA. Passei por um período com complicações técnicas, reais, espirituais e no Breaking Bad. Como o seriado acabou hoje, eu tinha que colocar as cinco temporadas em dia para poder ver o último episódio com paz de espírito. Como já faz um tempinho que não posto nada, eu não vou reiniciar com um filme do FANTASPOA, mas sim voltarei em grande estilo. Esse filme foi pedido de muita gente e finalmente saiu. Os pedintes são: Elias Lebowski, Gustavo B.Rock, Cairu Lampert (e sim, Cairu é o nome dele), Anelise Marcant, Tiago Porto, Diguinho e a Deia e tenho certeza que tem mais gente, mas se não citei aqui é porque sou um sequelado de merda e não lembro, mas depois pode meter pau nos comentários. Tenho que pedir desculpa também para Diguinho e para o grande casal Cairu/Ane, já que eu passei um ano falando que esse filme não existia, até que eles esfregaram na minha cara. Bom, vamos ao serviço.

O filme Francês de 2010 teve a assinatura no roteiro, fotografia, edição e direção de Quentin Dupieux. Antes desse filme ele fez outro dois que até vou procurar para dar uma olhada depois dessa doideira que é o Rubber. Dizem os entendidos que Quentin na realidade é Mr. Oizo, um famoso DJ de música eletrônica e se as músicas dele são reflexos desse filme eu tenho pena das pessoas que escutam esse maluco. No resto do elenco temos Stephen Spinella (Milk), Jack Plotnick (God and Monsters), Wings Hauser (NIghtmare at Noon), Roxane “eu chupo” Mesquida (Kiss of the Dammed, Kaboom), Ethan Cohn, Charley Koontz (o Fat Neil do Community), Daniel Quinn (Scanner Cop), Hayley Holmes (Ninja Cheerleaders), Haley Ramm (X-Men: The Last Stand), James Parks (Django, Kill Bill) e juntamente com mais um bando de pessoas que estão pelo estrelato e que só apareceram uns poucos minutos no filme. O destaque da vez ficou com Coutenay Taylor. Se você jogou videogames nos últimos anos, já deve ter escutado a voz dessa mulher. Temos franquias como Resident Evil, Mass Effect, XCOM, Diablo e outros blockbusters como Gear of War 3, The Last of Us e mais um zilhão de outros jogos. Agora esse filme, diferente dos grandes games, foi feito com 500 mil Obamas aproximadamente o que não é se surpreender, mas vamos aos fatos.

A história conta a vida de Robert, uma “criança” que está se descobrindo no mundo. Temos no inicio do filme Robert aprendendo a andar e como isso pode ser difícil no princípio de tudo. Ele cai algumas vezes, mas ele descobre que ele não foi feito para ficar no chão e sim para conquistar o deserto, já que é o lugar onde ele nasceu. Ele não perdoa nada nem ninguém que está no seu caminho, nem mesmo uma garra de plástico ou até mesmo um perigoso escorpião não são páreos para a bravura de Robert. Só que ele encontra um obstáculo que não conseguiu passar, uma garrafa de vidro. Nesse momento de plena angustia e impotência de Robert, ele acaba descobrindo que tem incríveis poderes mentais e quebra a garrafa sem nem mesmo tocar nela. Isso sim é que é vida, andar livremente pelo deserto e explodir as coisas que estão no seu caminho como poder da mente, nem mesmo um fofinho coelhinho passou impune pela brincadeira de Robert.

O problema é que Robert acaba “vendo” algo muito curioso, uma estrada e rapidamente passa por ele um carro onde tem “crianças” como Robert e ele não sabe o que faz, já que ele está assustado. Ele usa os seus poderes mentais e faz o carro parar e vai até o local para ver o que pode fazer para ajudar as “crianças”, só que no caminho Robert é atropelado e a caminhonete que fez isso não parou para ajudar o pobre Robert, que aprendeu uma dura lição nesse momento: Humanos são pessoas más. Ele sai então em uma aventura em busca de vingança e vai atrás dos seus semelhantes para salvá-los.

Até ai um filme como qualquer outro que você que está lendo deve estar se perguntando: “que bosta é essa?” Agora é que vem a coisa estranha. Troque a palavra “criança” que escrevi antes por PNEU. Caso você também não esteja acreditando, é isso mesmo o que você leu. O filme é sobre um pneu que tem poderes psiônicos e que sai por ai explodindo a cabeça das pessoas que atrapalham a sua sede de vingança e por mais que você não acredite no que está lendo é a mais pura verdade. É um filme sobre um pneu psiônico sociopata, simples assim.

Claro que temos mais elementos que são apresentados ao longo do filme, mas nenhum é mais maluco que esse. O filme tem seus momentos de filosofia barata, mas a pergunta inicial que o policial faz ao público é intrigante: “No filme de Steven Spielberg E.T, porque o alienígena é marrom?” E agora? Pior que eu fiquei pensando essa porra e logo depois ele responde: “NO REASON”. E ai os teus butiás saem rolando lomba a baixo. O cara continua com outras perguntas altamente relevantes eu acredito, mas que no fundo não tiveram nenhum motivo para terem acontecidos. Esse filme é isso, uma sucessão de fatos que não tem nenhum motivo. Eu até vou colocar a abertura do filme aqui para vocês não acharem que é piada minha.

Depois que Robert é atropelado ele segue a caminhonete que o atropelou e chega até um motel vagabundo na beira da estrada e quem é que ele encontra também? O carro que ele tinha visto os outros quatro pneus antes e depois de explodir a cabeça do cara da caminhonete ele vai até o quarto onde está a motorista tomando um banho com a porta aberta e o pneu taradão fica olhando tudo. O moleque que mora no motel acaba vendo o pneu se movendo sozinho, mas é claro que ninguém acredita nele e quem é que pode julgar as pessoas por não acreditar nisso. Eu realmente não sei mais o que falar desse filme para não estragar a diversão de vocês, mas tem todo um pessoal que fica com uns binóculos assistindo o que o pneu fica fazendo e eles dormem quando o pneu dorme e assim segue a vida deles, no meio do deserto com binóculos, olhando um pneu se mover sozinho. Notaram que eu escrevi “quando o pneu dorme”.

É claro que o filme não tem previsão de ser lançado no Brasil, então procurem por tudo, até encontrarem essa pérola. Só para deixar uma coisa bem clara, o filme não é bom. Ele é muito “no sense” isso sim, mas longe de ser um filme bom. Ele é um filme único talvez, mas não é bom. Não me culpem depois. Citando o Chico Bento: “Qui Surrear”. Ele fala isso na nova Grafic MSP de Gustavo Duarte Chico Bento: Pavor Espaciar e está fantástica, diga-se de passagem.  É o mínimo que eu poderia falar desse filme, surreal... principalmente quando Robert “vê” uma pilha de pneus sendo queimado por dois redneck, da para ver uma lágrima saindo de Robert.

Trailer do Filme

Bom, vamos às notas:

Diversão	2
Tosquice	4
Trama / História	???