quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Intruders



Intruders – Intrusos

Lançado em 2011 essa co-produção America-Miguelito teve a direção de Juan Carlos Fresnadillo que também dirigiu o 28 Week Later e vai dirigir o remake do Highlander não se sabe quando. O roteiro ficou com a dupla Nicolás Casariego e Jaime Marques que só escreveram uns filmes em miguelito que eu nunca ouvi falar. No elenco temos Clive Owen (Shoot’em Up), Clarice van Houten (Game of Thrones) e Ella Purnell no lado americano, já no lado miguelito temos Pilar López de Ayala, Izán Corchero e Daniel Brühl. Para quem gosta, também tem Adrian Rawlins, o pai do Harry Potter fazendo uma ponta nesse filme. O filme teve um orçamento de 13 milhões de pacotes e arrecadou ao todo 64 milhões de verdinhas que é uma grande coisa.


Temos dois núcleos no filme, como já deu para perceber. No lado miguelito tem um moleque que acorda com o miado do gato dele, então como toda boa criança, ele coloca uma capa de chuva, sai pela janela e vai andando pelos andaimes, que estão montados ali para uma reforma do prédio, até conseguir chegar até o gato. Só que quando ele está voltando aparece um mostro com um manto e capuz subindo pelos andaimes e entra na janela dele. Como todo bom menino ele vai atrás do monstro e chegando ao quarto da mãe dele o mostro está sufocando a velha. Ele dá um grito o mostro vai atrás dele e no final ele acorda gritando e coisa e tal. O monstro era o Hollowface, que poderia ser traduzido por rosto oco ou rosto vazio ou sem rosto. Esse monstro quer pegar o rosto do menino e levar para si mesmo, deixando o pobre pivete miguelito sem rosto.


Coincidências ou não, na América têm uma família que a menina encontra uma caixinha escondida em uma arvore na casa de seus avôs. Dentro da caixa tem uma folha de caderno com a história do Hollowface que quer pegar o rosto de um menino e a menina acha a história muito boa e resolve plagiá-la. Ela deveria criar uma história no colégio só que ela copia exatamente o que estava escrito naquela folha dentro da caixinha e apresenta para os seus colegas. O problema é que a folha era muito velha e o final da história e menina não conseguiu ler, ficando somente na parte “Hollowface vai chegando mais perto e mais perto e mais perto do menino”. E o que acontece com que copia trabalho de outra pessoa no colégio? Hollowface vem buscar o seu rosto também.


Ninguém acredita nem no pivete miguelito e nem na menina, como já era de se esperar, só que as visões e os ataques começam a ficar mais freqüentes e mais intensos. Então cada família resolve do seu jeito. A mãe do pivete miguelito leva o guri para a igreja e pede para o padre local fazer um ritual de exorcismo para expulsar o Hollowface desse corpo que não te pertence kapetaaaaaaaaa. O pai da menina instala um sistema de alarme e câmeras pela casa para poder monitor a filha querida. O problema que quando o hollowface atacou a menina, ele começou a roubar o rosto dela aos poucos e começou pela boca, então desde o ataque a menina não fala nada. Só que quando o monstro voltou na segunda vez para pegar mais alguma coisa o pai viu na câmera de segurança e correu para o quarto e salvou a filha.  


Então o filme fica se dividindo nesses dois cenários e cada família tenta achar uma maneira de se livrar desse monstro pegador do rosto sem vergonha. Tenho que admitir que quando o Hollowface faz o seu covil, em um local perto do quarto da menina e depois ele aparece com tudo para roubar o rosto dela é bem bacana. Durante os 100 minutos você vai ficar grudado na tela para saber o que está acontecendo. O final até que não ruim, eu estava esperando uma coisa muito podre e palha, mas até que foi satisfatório. Agora cabe a você fazer as conexões entre as duas famílias. Eu matei a charada antes do roteirista colocar na tela e isso é o que conta. Agora a Universal colocar no trailer do “Visionário Diretor“, acho que foi forçar um pouco a tanga.


Bom, vamos às notas:

Diversão
3
Tosquice
2
Trama / História
4


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Night Wolf



Night Wolf

Lançado em 2010 esse filme britânico teve a direção de Jonathan Glendening que também dirigiu S.N.U.B. e o grande Strippers vs Werewolves. Agora no roteiro tivemos o novato Adam Philips que só tinha escrito outro filme nada a ver em 1991. No elenco tirando os dois veteranos John Lynch (Black Death, Alien Hunter) e Simon MacCorkindale (Jaws 3D) e o prodígio Tom Felton (The Apparition, Harry Potter) e o resto são todos novatos e inexperientes, o que contribuiu muito para a ruindade do filme. Temos então Isabella Calthorpe, Gemma “eu chupo” Atkinson, Joshua Bowman, Gabriel Thomson e mais meia dúzia de perdidos. Não tenho informação do valor do orçamento, mas acredito que a metade dele deve ter sido no cachê do sub-astro do Harry Potter Draco Malfoy, se bem que eu acho que ele está trabalhando de grátis, para poder desvincular a imagem dele de um moleque mago mimado.


Na história temos Sarah que agora mora nos Estados Unidos da América e veio visitar a família que mora em uma mansão no interior da Inglaterra. O problema é que sua mãe casou-se novamente com um cara gente boa, que tem dois filhos adolescentes, mais os três da mulher e um em conjunto, já dá para fazer um time de basquete. O fato é que a mãe de Sarah não está em casa e os adolescentes estão no celeiro enchendo a cara de pinga e fumando maconha. Junto com eles tem a namorada de um dos irmãos e dois amigos, que se somar tudo da o total de nove futuras vítimas. A coisa está indo muito bem com aquele papo chato de meio irmão e amigos, só que tem uma tempestade se aproximando para agitar as coisas, porque como a mansão é velha, a falta de luz é certa.


Quando o inevitável acontece, todos vão para a casa pegar velas, mais trago, mais maconha e mais trago, o que é um ótimo plano a principio. Um sortudo vai pegar as velas na cozinha, enquanto o resto do pessoal vai pegar o resto do equipamento. Quando eles estão andando pela casa todos avistam uma mancha de sangue no chão, menos o cara da cozinha é claro. Eles resolvem seguir a trilha de sangue que vai entrando no quarto do pai/padrasto da galera e lá dentro é obvio que o corpo do cara está em cima da cama completamente dilacerado. O pânico bate no pessoal, mas um deles consegue ver alguma coisa nas sombras se aproximando correndo e rosnando em direção do quarto. Como o plano do trago foi para o espaço agora o plano é esconder-se, então trancaram a porta e correram para o banheiro. Lá o plano de esconder-se continua valendo e agora a solução é ir para o sótão, porque a criatura não sabe subir, eu acho.


Então começa a clássica seqüência de idéias idiotas e de mortes resultantes dessas idéias idiotas até que eles resolvem bolar um plano melhor, sobrevivência acima de tudo. Nós já sabemos onde isso vai parar não é mesmo. O legal é que em determinado momento eles conseguem chamar a policia que manda um guarda e um especialista em animais selvagens para ajudar no caso, só que para o monstro são apenas mais duas vítimas.


Com uma historinha bem manjada e mais velha que Papai Noel sem barba, sem peitos de fora e com umas carecas mais fajutas do que filme de samurai japonês da década de 70, os 81 minutos de filmes foram bem fraquinhos e o pior que o roteirista ainda deixou um gancho para um segundo filme, que tolinho... não custa tentar. Várias cenas confusas e mal feitas recheiam o filme, te fazendo perder o interesse bem rápido. Porque se fosse tosco, seria bacana, mas como ele quer ser um filme sério acaba colocando tudo a perder. O pior que dessa vez nem o sotaque britânico salvou o filme.


Bom, vamos às notas:

Diversão
2
Tosquice
2
Trama / História
2

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ATM



ATM – Armadilha


Lançado em 2012, esse thriller claustrofóbico teve a direção de David Brooks sendo esse o seu filme de estréia cinema e até que foi bem competente. O roteiro ficou sob a responsabilidade de Chris Sparling que só tem outros dois filmes no seu currículo e se for do nível desse aqui até que pode ser bom. No elenco temos Brian Geraghty (The Hurt Locker), Alice Eve (The Raven e MIB 3), Josh Peck, Mike O’Brian e uns figurantes perdidos. O orçamento ficou na casa dos 3 milhões de dólares que até é muito considerado que 80% do filme se passa dentro de um ATM. Para quem não sabe um ATM é um caixa eletrônico, caixa automática, terminal bancário ou remote banking. É um dispositivo eletrônico que permite que clientes de um banco retirem dinheiro e verifiquem o balanço de suas contas bancárias sem a necessidade de um funcionário do banco (wikipédia é detalhista nas coisas).


Temos David que trabalha em uma empresa de finanças e é colega e amigo de Corey. David tem uma paixonite por Emily que também trabalha na empresa, só que hoje será o ultimo dia dela nessa empresa. Parece que ela conseguiu alguma coisa melhor que não é relacionado a finanças. Casualmente nesse mesmo dia vai acontecer a festa de natal da empresa e Corey convence David a ir. Para a sorte de David Emily também está lá e a cena dos dois conversando eles parecem umas crianças da 5º série. Está mais do que na cara que um está muito afim do outro, mas a vergonha não os deixa perceber isso. Quando Emily vai embora Davis faz um grande golpe, ele vai até a rua dizendo que ela esqueceu a gorro, porque está nevando lá. Lembre-se que natal é calor aqui. Acontece que o gorro não é dela, só que ela da aquela risadinha marota e a cobra está morta. David oferece uma carona e ela aceita, só que ele tinha prometido de dar uma carona para Corey, que não tem semancol e nem mais nenhum outro amigo no mundo para conseguir uma carona para ele, logo os três vão dar um passeio. 


Corey está bêbado e com fome e pede para o amigo parar em uma pizzaria para pegar um para viajem. Só que tem alguma coisa haver com dinheiro ou cartão ou qualquer outra coisa que obrigam eles a pararem em um ATM. Corey entra e depois de uns minutos chama David, que vai ver o que o amigo quer deixando Emily sozinha no carro. A mina dá 30 segundos e pega a chave do carro e vai para o ATM. Agora que os três estão dentro da casinha do ATM e o filme pode começar. Vou descrever um pouco melhor o cenário para vocês entenderem melhor. O ATM fica dentro de uma casinha no estacionamento de um supermercado no meio do nada. São duas da madrugada e faz um frio de renguear o cusco.


Quando eles vão sair tem um cara de pé na rua com um casacão com um capuz peludo e com um cachecol na cara deixando só os olhos de fora. Eles ficam meio assim de sair porque o cara parece bem assustador e ameaçador, só que quando eles resolvem sair aparece um tiozinho com um cachorro por perto do estacionamento. O cara sinistro vai até o tiozinho e da muita porrada nele, acho que até matar o coitado. Isso fez com que o trio voltasse e não quisesse mais sair de lá, só que o cara é mal e cortou o aquecimento dentro da casinha e a coisa só vai piorar. Tipo tem um momento que ele liga uma mangueira de água e coloca na parte de trás da casinha, fazendo o lugar encher de água. O que vocês acham que o cara sinistro fez? Ele pegou uma cadeira e se sentou bem na frente do lugar para ver o que os malucos lá dentro iam fazer. O cara é muito do mal.


O bacana do filme é que não tem um propósito declarado, como uma vingança descontrolada, uma ex-namorada psicótica ou coisa do gênero. É simplesmente um cara assistindo o sofrimento alheio e gostando pelo jeito. Uma coisa que o filme me fez pensar é naquela lenda urbana que se tu digitar a tua senha ao contrário, ativaria um alarme silencioso contra roubo ou seqüestro, só que o cara falou “isso é uma lenda urbana” e a mina pergunta o porquê ele acha isso. Resposta: “Porque se a senha do cara é 4224 ele ta fudido sempre”. Não é que o cara tem razão. Legal que no final eles mostram a gravação de dentro da ATM do que aconteceu a noite toda, muito tri.


Foram bons os 90 minutos de filme, bem melhor do que a bomba do 247°F que me fez pensar duas vezes em ver qualquer filme com pessoas trancadas dentro de alguma coisa. Durante os créditos finais fica aparecendo cenas de planos de outros ATM espalhados pela América. Será que é um gancho para um segundo filme?


Bom, vamos às notas:

Diversão
3
Tosquice
1
Trama / História
3






terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Don’t be Afraid of the Dark

Don’t be Afraid of the Dark – Não Tenha Medo do Escuro


Em 1973, Nigel Mckeand escreveu um roteiro para a TV de um filme chamado Don’t be Afraid of the Dark e esse filme serviu de inspiração para Guilhermo del Toro fazer esse remake em 2010. A direção ficou com o novato Troy Nixey que não deixou por menos e fez um bom inicio de carreira. No roteiro temos Matthew Robbins que também escreveu Mimic (1997) e um clássico da sessão da tarde O Milagre Veio do Espaço (1987). Parece que ele também ajudou a escrever Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977) e que ajudou a escrever o quadrinho do lendário THX 1138 (1971). O nome do outro roteirista vai no inicio do filme como “Um Filme de...”. Estou falando de Guillermo del Toro. Se você não conhece o homem vai se benzer. O cara foi responsável pelas adaptações do Hellboy para a telinha e agora ele adaptou nada mais nada menos do que The Hobbit. O que? Não sabe o que é isso? Larguei de mão... Guillermo também é responsável pelo lindo e perturbador Labirinto do Fauno e pelo maligno A Espinha do Diabo. Parando para pensar agora, o que deve ter sido a infância desse cara, muita terapia e muita boleta, certo. Eu acredito que o conto The Rats in the Walls de H.P. Lovecraft tenha servido de inspiração para o filme original, porque no remake pelo menos eu notei várias semelhanças com o conto. No elenco principal temos Guy Pearce que fez Prometheus (mas não cumprius), o incompreendido Memento e o fantástico Ravenous que eu tinha que assistir novamente. Temos também Katie Holmes que até podem me criticar, mas eu chupo e a jovem Bailee Madison que faz uma atuação brilhante. Ela até me lembra a Duda, a filha de um amigo meu de Sampa, o Dudu. O resto do elenco não chega a impressionar e não tem ninguém que eu achei bacana então não coloquei mais ninguém. O orçamento do filme ficou pelos 25 milhões de dólares e arrecadou uns 37 milhões e vocês acharam que ele não ia se pagar né. 


Iniciamos em Rhode Island só que em um passado vitoriano, onde o dono da mansão Blackwood chama a empregada para o porão e com um formão arranca os dentes dela. Mas para que essa violência toda? É que parece que tem alguém no buraco do deposito de cinzas, que está com o filho de Blackwood e esse alguém só vai devolver o moleque se o senhor Blackwood oferecer dentes para eles. Aparantemente os dentes que esse pessoal queria eram de crianças e como não foi o que o Blackwood conseguiu, logo ele o filho “desapareceram”.


Agora estamos em Rhode Island atual e Alex e Kim estão no aeroporto para buscar a filha de Alex, a pequena Sally que por motivos de depressão está se mudando para a casa do pai. Se mudando é um termo meio forte porque a mãe da menina falou que seriam só umas férias. O problema é que a casa de Alex na realidade é a mansão de Blackwood. É que Alex e Kim trabalham com restaurações e decorações. A idéia é reformar toda a propriedade e conseguir um bom preço na venda. Então temos uma mãe pilantra, um pai relapso, uma madrasta insegura e uma criança problema, que é um prato cheio para os amigos monstrinhos. Como Sally é muito sozinha ele fica andando pela casa e pelos jardins até que ela descobre uma janela que daria para um porão, se a casa tivesse um. Então Alex vai investigar melhor e descobre que a casa realmente tem um porão e que lá tem um depósito de cinzas lacrado com umas runas estranhas sobre ele. As runas quem dizer TENHA MEDO, mas como ninguém se preocupou em descobrir isso, eles fazem o obvio que é abrir a tal buraco.


Então aparecem essas pequenas criaturas que falam com Sally e dizem que querem fazer amizade com ela. Como Ninguém acredita em uma criança de oito anos que diz que está conversando com criaturas que moram no subsolo, a coisa vai piorando casa vez mais, a ponto dessas criaturas machucarem uma das pessoas que trabalha na casa e quase machucar Sally varias vezes. Ela descobre que eles têm medo da luz, então ela deixa tudo iluminado enquanto puder.


Kim vai fazer uma coisa muito sensata que qualquer jogar de Call of Cthulhu há muito tempo já teria feito, uma pesquisa na biblioteca. Lá ela descobre que o senhor Blackwood desapareceu juntamente com o seu filho que ele no final da sua carreira estava obcecado por essas criaturinhas estranhas. Essas criaturas viviam em harmonia com a humanidade, mas um acordo com um Papa no ano de 999 do nosso senhor fez com que eles ficassem no subsolo e que em troca de seu alimento favorito, dentes de crianças, eles dariam moedas de prata. Não está se lembrando de nenhuma outra fábula? Então Kim vê os últimos desenhos de Blackwood e ela lembrou que Sally fez um desenho muito parecido e que ela apareceu com uma moeda de prata do nada. Será que vai dar tempo?


Os 99 minutos de filmes são bem bacanas e até tem alguns momentos que tu vai levar um susto ou outro, mas o importante é que dizem que em todas fabulas existem umas histórias sinistra na sua criação, agora e só ver como acaba o filme. Eu até estou curioso para assistir o original de 1973, porque os monstrinhos devem ser feitos de massinha de modelar em stop motion, hehehehe.


Bom, vamos às notas:

Diversão
3
Tosquice
2
Trama / História
3